O REI DE GAL
Era gordo o monarca que se sentava no trono de Gal. O povo queixava-se de fome, ao que o rei respondia “É preciso comer menos para que o pouco que há chegue para todos”. Dia após dia, arredondava a barriga com tanta guloseima. O que não comia atirava aos cães, o que os cães não comessem saciava os ratos. O apetite crescia-lhe, a fome do povo crescia.
Chegou o dia em que teve uma tamanha indigestão. Quando o Doutor lhe recomendou dieta o rei proclamou: “Façamos todos dieta, comer pouco faz bem à saúde”. Decretou, ainda, que toda a comida que não conseguisse devorar fosse atirada aos chacais, às hienas, às mulas, aos burros, aos ratos, aos abutres até!, enfim, a toda a sua corte.
O bucho do rei curou-se e a tal vitória respondeu: “Curou-se o corpo, que agora se cure a alma. Afinal, a minha felicidade é reinar. Que se organize um cortejo, que se reúnam as gentes de Gal para festejar a minha saúde”.
Fez-se o cortejo, mas gentes de Gal não havia. O povo tinha morrido de fome.
Era gordo o monarca que se sentava no trono de Gal. O povo queixava-se de fome, ao que o rei respondia “É preciso comer menos para que o pouco que há chegue para todos”. Dia após dia, arredondava a barriga com tanta guloseima. O que não comia atirava aos cães, o que os cães não comessem saciava os ratos. O apetite crescia-lhe, a fome do povo crescia.
Chegou o dia em que teve uma tamanha indigestão. Quando o Doutor lhe recomendou dieta o rei proclamou: “Façamos todos dieta, comer pouco faz bem à saúde”. Decretou, ainda, que toda a comida que não conseguisse devorar fosse atirada aos chacais, às hienas, às mulas, aos burros, aos ratos, aos abutres até!, enfim, a toda a sua corte.
O bucho do rei curou-se e a tal vitória respondeu: “Curou-se o corpo, que agora se cure a alma. Afinal, a minha felicidade é reinar. Que se organize um cortejo, que se reúnam as gentes de Gal para festejar a minha saúde”.
Fez-se o cortejo, mas gentes de Gal não havia. O povo tinha morrido de fome.